O PRIMEIRO AMOR
Foi numa dessas tardes de primavera.
Lembro-me vagamente.
De um rio cantando dolente,
canções de um amor esquecido,
que as rimas não trazem mais.
Linda flor falou pra mim,
das mágoas que eram suas.
Do rio que ela amava,
tão alheio e indiferente,
aos beijos que lhe ofertava.
Suas pétalas macias,
cansadas por seu sofrer,
Caiam devagarinho,
nas águas de seu amado.
Que as levava em seu dorso,
tão alheio e indiferente,
à luz que delas jorrava.
Chorava inda bem de mansinho,
diáfanas lágrimas em cor.
Que se perdiam nas águas,
do rio que ela amava,
tão alheio e indiferente,
ao pranto de sua dor.
Hoje canto com o rio,
canções de um amor perdido
no orgulho e na vaidade.
Choram as musas comigo,
a ausência de um sorriso,
de um carinho, um afago.
Da flor...
Que virou saudade !
palhinha
Enviado por palhinha em 29/05/2018